- Se você conseguir ter acesso, prefira ler o livro. Esse texto que vocês acompanham logo abaixo é apenas um resumo muito sucinto daquilo que acontece durante a narrativa e se você busca saber e entender mais a história, leia o livro (que alias é bem legal).
- Eu nunca escrevi resumo antes então não garanto uma ótima qualidade; talvez você encontre alguns erros durante o texto (apesar de eu ter revisado) então, desde já, me desculpe ;)
Fiz o possível para que esse resumo ficasse decente para a leitura de vocês, então vamos la:
Capítulo I
O livro se inicia contando um pouco sobre João Romão, um português que viera para o Brasil e que se mantinha como funcionário de uma venda na região de Botafogo, no Rio de Janeiro. Tempos de trabalho ali lhe rendeu a própria venda em si, depois que o dono, chefe de João Romão, voltara a Portugal, deixando tudo ali para João. Dalí pra frente o português tratou de expandir os seus negócios, trabalhando de sol a sol em busca de mais dinheiro. Conheceu uma negra que era escrava e mentiu para ela dizendo que a tinha alforriado e que agora ela era livre; o nome dessa mulher: Bertoleza; ela a partir dai se tornara amiga de João e começara a trabalhar ao lado dele, dia e noite, dividindo até a cama depois de certo tempo. As posses de João Romão cresciam, ele sempre estava a comprar terrenos ali perto de sua venda, e os negócios também evoluíam. Nascia então o Cortiço de São Romão, três casinhas no inicio, multiplicaram e se tornaram quase cem. Nesse capítulo o autor também cita um comerciante português, chamado Miranda, que comprara uma casa ao lado da estalagem do João Romão e se mudara com a família (D. Ester, sua mulher num casamento conturbado e sua filha, Zulmira), desde então uma rixa começara entre os dois portugueses.
Capítulo II
Nesse o capítulo o autor fala sobre o Miranda e aqueles que vivem com ele. Miranda, português que tinha esperança de enriquecer facilmente no Brasil, teve que se casar com D. Estela, um casamento arranjado que envolvia dinheiro. Este tinha inveja de João Romão, da sua liberdade não tendo a responsabilidade de sustentar uma família e de seus negócios que só prosperavam.
O autor também comenta sobre um filho de um amigo negociante de Miranda que vem passar um tempo na casa deste. Esse garoto, chamado Henrique, apesar de parecer do tipo certinho, acaba se engraçando com D. Estela; eles são pegos no flagra no final do capítulo por Botelho, um velho mal acabado que depois de muitas experiências fracassadas, vai morar na casa de Miranda, um velho amigo. Nesse flagra, Botelho promete não relatar o caso a ninguém e aconselha Henrique a tomar mais cuidado para que eles não voltassem a serem flagrados por outra pessoa.
Capítulo III
Nesse capítulo o autor mostra como é a vida dos moradores do cortiço. Ele apresenta algumas das lavadeiras: Leandra (apelidada de “Machona”) uma portuguesa feroz; esta tinha duas filhas, a Ana das Dores (apelidada como "das Dores") e a Neném, uma jovem donzela além de um menino, o sapeca Agostinho; Havia também: a lavadeira Augusta Carne-Mole, brasileira, mulher de Alexandre, um soldado de quarenta anos; a portuguesa mulher do ferreiro Bruno, Leocádia; a velha e feia Paula, conhecida como "Bruxa"; a mulata ranzinza, Marciana e mais a sua filha Florinda; a portuguesa que apesar de ter tido uma boa educação se dera mal na vida, D. Isabel que também tinha uma filha, considerada a flor do cortiço, a virgem Pombinha; e por fim, Albino, um jovem afeminado e pobre que vivia como lavadeiro, amigo das lavadeiras e apaziguador nas intrigas entre elas.
(adendo: espero que não tenha ficado confuso, o autor cita muitos personagens e eu tentei descrevê-los de forma bem curta)
Capítulo IV
Nesse capítulo o autor apresenta Jerônimo, um português que veio para o Brasil junto com a mulher e se tornara cavouqueiro (aquele que trabalha em pedreiras). Jerônimo vai em encontro com o dono do cortiço desejando um trabalho na pedreira de João Romão (que ele havia adquirido na mesma época que estava construindo o cortiço). João após muita rezinga decide por tomar Jerônimo como uma espécie de gerente da sua pedreira (que alias ficava logo atrás do cortiço).
Capítulo V
Aqui o autor se aprofunda na história de Jerônimo: a sua vinda ao Brasil com sua mulher e a sua filha, os trabalhos desgostosos em uma fazenda, os momentos de miséria e a sua ascensão como cavouqueiro. Um homem integro e correto que era agora respeitado por todos os moradores do cortiço e que no fim do dia ficava na porta de casar à cantar as suas lembranças, muita vezes melancólicas, da terra em que nascera (relembrando: Portugal)
Capítulo VI
É domingo no cortiço. Os moradores colocam as suas melhores roupas para passar o dia de folga. Chega no cortiço a mulata Rita Baiana que havia mais de três meses que não dava as caras no cortiço. Foi um reboliço só, todos indo cumprimentar a moça que passara os últimos meses nas festanças junto com o amante Firmo.
Na noite daquele domingo duas festas iriam ocorrem, uma da própria Rita, que receberia Firmo mais um amigo dele em sua casa e a festa da das Dores que teria em sua mesa alguns amigos também. Os moradores do cortiço ansiavam por aquelas duas festas. Enquanto todos ajudavam no preparativo dos jantares, Pombinha se reservava com alguns dos moradores para escrever cartas para amigos, parente ou clientes destes.
Capítulo VII
As reuniões começaram no fim da tarde daquele dia no cortiço. De um lado Rita com seus convidados e de outro os da das Dores. Uma festa ao lado da outra, as duas compartilhando a mesma animação. O jantar foi então prolongado por uma festa do lado de fora das casinhas do cortiço, muitos se chegaram e música começou a ser tocada. As pessoas dançavam, se divertiam. Durante a festança, Jerônimo que estivera recolhido na porta da sua casa junto com a mulher, foi encantado pela música e se aproximou para assistir a dança. Cairá então por amor à Rita, vendo-a dançar toda solta e alegre; permanecera ali até o fim da festa, de longe, encarando a bela mulata Rita Baiana.
Capítulo VIII
Jerônimo contrai um resfriado no dia após as festanças. Sua mulher tenta cuidar dele mas ele dispensa o seus cuidados, até que a Rita Baiana aparece e ele fica mais alegre com a presença dela. Rita o ajuda a melhorar do resfriado e Piedade (mulher de Jerônimo) fica desconfiada daquela intimidade que começava a nascer entre os dois. Ainda naquele dia, acontece um novo conflito. Leocádia é pega pelo marido, Bruno, com Henrique no matagal atrás do cortiço. Henrique prometera a ela um coelho se ela fizesse sexo com ele, no meio da ocasião Bruno os flagrara. Henrique logo fugiu e o casal começara ali uma briga, o homem até tentara bater nela, mas ela se armara com uma pedra; ele por fim acabara voltando ao cortiço contando para todos o que havia acontecido. Bruno se revoltara e começara a tacar os pertences de Leocádia da janela da casa deles. Depois de ter feito isso saiu dali e logo depois apareceu a Leocádia que também começara a jogar para fora da casa os pertences do Bruno. No fim Bruno voltara à casa e discutira com ela enquanto os moradores do cortiço observavam e se intrometiam. Ficara decidido que Leocádia iria embora. Rita Baiana a ajudaria a encontrar um lugar para ficar.
(adendo: desculpe-me pela repetição de nomes, mas é difícil relatar acontecimentos assim tão sucintamente sem ficar repetindo).
Capítulo IX
No inicio desse capítulo o autor relata as mudanças que acometeram a Jerônimo após se apaixonar por Rita; ele estava se abrasileirando, mudando os seu hábitos, se tornando mais folgado e tomando novos vícios; sua mulher, a dona Piedade se via desesperada e não mais reconhecia o seu marido, pediu ajuda a Bruxa com as suas mandingas.
Nesse capítulo o autor também conta sobre um novo escândalo que toma lugar nas fofocas dos moradores do cortiço. Florinda, filha da Marciana, fica grávida do caixeiro da venda do João Romão, o Domingos. Todas as lavadeiras no cortiço vão tirar satisfação com ele, mas ele consegue com a ajuda de João se livrar delas prometendo (falsamente) ressarcir a Marciana e sua filha e ajudando Domingos a fugir.
Naquele mesmo dia ao anoitecer uma moça chamada Léonie aparece no cortiço, uma prostituta que conseguira muito dinheiro, que se vestia bem e tinha uma boa casa. No cortiço ela foi recebida com um respeito de gente famosa e rica pelos moradores; fora até lá para levar a sua afilhada Juju (filha de Augusta e Alexandre) para ver os pais. Passara algum tempo lá e antes de ir embora pediu que Pombinha (que ela tanto gostava) fosse visitar-la com a mãe.
Capítulo X
Miranda é consagrado Barão. Florinda foge da mãe e do cortiço. A mãe (Marciana) fica totalmente desolada e é expulsa (e vai presa no outro dia) do cortiço pelo João Romão que vive dois dias de cão, por desejar e invejar o fato do Miranda ter se tornado barão e viver uma vida regada de luxos e coisas boas. Na festança de um outro domingo Jerônimo da em cima de Rita Baiana e Firmo fica com raiva e parte pra briga. Os dois brigam por um tempo e termina que Firmo enfia uma faca na barriga de Jerônimo. Devido a todo esse fuzuê a policia vai até o cortiço, mas os moradores lutam juntos contra a entrada dos policias nas dependências do cortiço. Até que no fim do capítulo, a casa número 12 começa a pegar fogo e os moradores se vêem perdidos para proteger o que é seu enquanto a policia, que sofrera resistência pesada no inicio, aproveita o caso e invade o cortiço. Uma tempestade começa.
Capítulo XI
É dito que a Bruxa em um acesso de loucura e em meio à confusão da policia no cortiço, botara fogo no numero 12, fogo esse que foi logo apagado pelos moradores e pela tempestade que se seguiu. Outras avarias foram deixadas pelos policiais que invadiram as casas e quebraram tudo aquilo que viam no caminho. No dia seguinte João Romão fora com alguns moradores do cortiço à delegacia, o delegado nada fez sobreo caso. Pombinha acorda indisposta e é relatado o dia anterior que ela havia passado com a mãe na casa da prostituta Léonie, lá, enquanto a mãe dormia num quarto separado, a tal Léonie tentara a todo custo, ter relações sexuais com Pombinha que se recusava, mas cedendo um pouco a certo ponto. Pombinha, no dia seguinte que acordara indisposta, dorme e sonha com uma representação envolvendo a natureza, em que ela finalmente tem a sua primeira menstruação (já com 18 anos). Quando acorda sente que finalmente saiu da puberdade para se tornar mulher.
(adendo: esse sonho ficou meio confuso para mim, mas envolve a questão de que finalmente a natureza seguira seu curso normal no corpo da Pombinha, tornada-a mulher).
Capítulo XII
D. Isabel comemora a vinda da primeira menstruação da filha e espalha para todo o cortiço. Todos comemoram e o cortiço se alegra. A mãe da Pombinha foi logo adiantar o casamento entre ela e João Costa. O casamento acaba por ser marcado.
Em um certo dia, Bruno vai até Pombinha e pede a ela que faça uma carta à Leocádia, durante esse processo Bruno sofre pela perda da mulher e Pombinha nota como o homem (em geral) se submete em uma hora ou outra, aos encantos femininos. Pombinha com esse pensamento percebe que não será feliz ao lado do Costa, porque chegaria uma hora que ele estaria na mesma posição que Bruno, sofrendo e se lastimando pela mulher. Mas apesar de tudo isso, ela se casa e no dia do casamento sai do cortiço de baixo de despedidas saudosas e alegres de amigos.
Capítulo XIII
O capitulo se inicia contando sobre a construção de um novo cortiço chamado "Cabeça-de-Gato" próximo ao cortiço principal da história. Cria-se então uma rivalidade entre os moradores dos cortiços, para João Romão aquele novo cortiço poderia vir a ameaçar os seus negócios. Após três meses, João percebera então, que o novo cortiço não afetaria a sua vida, por fim deixara aquele assunto para trás. O capítulo se segue contando como a vida de João Romão mudara, vivia agora a busca de uma vida mais luxuosa, com novas vestes, novas idéias e novos hábitos, começara até a frequentar o teatro, deixando o homem rústico que fora, para trás. Até que Botelho (o velho amigo do Miranda) foi ter uma conversa com João, dando-lhe a idéia de que ele investisse em casar-se com Zulmira (filha do Miranda). Botelho prometeu-lhe então, por uma certa quantia, que ele ajudaria João; alguns dias depois o próprio Miranda convidou-o para ir a sua casa para um almoço, lá João se mostrara atrapalhado nos modos e sentiu-se quase arrependido por ter ido. Quando, no fim do jantar, satisfeito com a ida à casa de Miranda, João volta pra casa, encontra Bertoleza estirada horrendamente na cama e começa a pensar em o que ele faria para se livrar dela e se casar com Zulmira; o capitulo termina com ele tendo a idéia de que seria muito conveniente se a Bertoleza viesse a morrer.
Capítulo XIV
O tempo passava. Firmo encontrava Rita Baiana às escondidas, ela sempre retraída e apressada. Até que um dia ele marcara de se encontrar no esconderijo de sempre e ela faltara ao encontro. Revoltado, Firmo foi beber e lá descobriu que o Jerônimo tivera alta (já quase bem recuperado da facada que tinha levado) naquele exato dia, percebendo então que Rita havia deixado de ir à ele por causa do cavouqueiro. Decidiu então botar fim, dessa vez de fato, a vida de Jerônimo. Jerônimo voltara ao cortiço ainda fraco, mas não tão fraco para ver Rita e também para ir ter com uns colegas, dois homens que Jerônimo fazia planos para dar cabo da vida de Firmo. Tomaram a decisão de cometer o ato no próprio dia, ficando acordado que um dos dois colegas de Jerônimo atrairia Firmo para fora do bar em que ele estaria à noite e que Jerônimo e outro esperariam fora para acabar com o amante da Rita. O capitulo termina com a ida desses até o bar que Firmo frequentava e onde aconteceria o ato.
Capítulo XV
O companheiro de Jerônimo que vai até o bar, encontra lá Florinda (filha de Marciana) que depois de fugir do Cortiço se metera com outros homens para se manter viva. Firmo surge então e esse tal companheiro vai ter com ele inventando uma história para tirar-lo do bar. Lá fora os três (Jerônimo e mais os dois outros homens) o cercam e começam a dar cacetadas em Firmo, que acaba sendo jogado ao mar já todo moribundo e ensanguentado. Os companheiros vão então beber e já na madrugada Jerônimo volta ao cortiço, seguindo até a casa de Rita Baiana. Ela se encontra apreensiva por não ter ido se encontrar com Firmo, o que poderia o fazer ficar com raiva e partir pra cima de Jerônimo de novo. Mas ao ver Jerônimo à porta, se vê mais relaxada e o tal homem propõe largar de tudo para fugir com ela; ela acaba aceitando e ele vai pra cama com ela.
Capítulo XVI
Piedade (mulher de Jerônimo) passa a noite preocupada e aflita pelo paradeiro do seu esposo. Na manhã que se segue o cortiço fica sabendo do sumiço de tal e Piedade sai pela cidade para buscar saber por onde andava seu homem. Na volta ao cortiço tinha ela descoberto que ele podia ter sido o homem que havia matado Firmo, que passara a noite bebendo e que fora para a casa de Rita na madrugada. Já ao anoitecer Piedade foi encarar Rita Baiana (que dali a uma semana ia morar com Jerônimo num canto da cidade), as duas então foram ao chão a tapas e arranhões. Os moradores do cortiço se dividiram assistindo a briga, os portugueses apoiando a Piedade e os brasileiros a Rita, mas sem se meterem no confronto. A briga continuou e Piedade perdia, os portugueses ameaçaram interromper a briga e os brasileiros logo foram pra cima deles. Deu-se então uma briga generalizada, um tumulto de socos e chutes entre os moradores, a policia logo apareceu, mas não se quis entrar no cortiço. O capítulo termina falando que os moradores do outro cortiço "Cabeça-de-Gato" caminhavam em direção ao cortiço de São Romão para se vingar pela morte de Firmo (um dos seus).
Capítulo XVII
Os "Cabeça-de-Gato" avançaram sobre os carapicus (nome que os moradores do cortiço de São Romão assumiram) e a luta deu inicio. A briga estava sob pé de igualdade até que um incêndio fora acometido na casinha 88, a Bruxa (uma das lavadeiras), louca, havia colocado fogo na casa. Os "Cabeça-de-Gato" respeitosamente abandonaram a briga, não lutariam contra um bando de gente que poderia perder tudo naquele cortiço, seria desleal. Os moradores do cortiço de São Romão logo se lançaram para tirar os objetos de suas casas e a trazer água para apagar o fogo. Um tempo depois os bombeiros chegaram e começaram a combater o incêndio.
Capítulo XVIII
O capítulo se inicia em uma cena onde o velho Libório (homem que se diz mendigo e se aproveita da bondade das pessoas) entra no meio de umas casas no incêndio para recuperar as suas garrafas cheias de dinheiro; João Romão presencia a cena e pega as garrafas enquanto o velho fica estatelado no chão no meio do fogo. No dia seguinte, na retirada dos corpos, são encontrados os restos mortais da Bruxa e do Libório. A filha de Augusta (uma das lavadeiras) também morre, pisoteada. João Romão havia colocado um seguro no cortiço e com mias a boa quantia de dinheiro do velho Libório, João daria inicio as obras que ampliariam o cortiço.
Capítulo XIX
A vida no Cortiço se seguiu, as obras começaram e os moradores se ajeitaram pelos cantos. Bertoleza sofria a sua vida numa monologa rotina, entristecia-se pelo fato que o seu amigo João Romão não a tinha com o mesmo feitio que antes. Bertoleza era agora um estorvo nos objetivos de João, que já pretendia pedir a mão de Zulmira. Enquanto isso, Jerônimo e Rita aproveitavam a nova vida, gastos com a moradia nova e regalias, ele agora havia deixado de lado os seus sonhos portugueses (da onde vinha) e se tornara quase um legitimo brasileiro, com os mesmo hábitos e vícios. Piedade, por sua vez, se recuperara da briga com Rita, mas sofria nos seus dias, começara a beber. A filha de Piedade e Jerônimo, que passava a semana toda no colégio no centro da cidade, vinha agora consolar a mãe nos finais de semana. Após um tempo o pai parou de pagar o colégio da filha e Piedade fora ter com ele duas vezes, na primeira ele prometeu voltar a pagar, mas não foi o caso, já que agora ele tinha divida até com o padeiro; na segunda vez Jerônimo estava bêbado, os dois acabaram brigando e ele disse que não pagaria mais o colégio da moça.
Capítulo XX
O autor, nesse capítulo, relata como o cortiço cresceu nos últimos tempos, multiplicando o número de casinhas e moradores. Conta também como Piedade se embebedou após voltar da casa do ex-marido, na onde havia tido a segunda discussão citada no capítulo anterior.
Capítulo XXI
Nesse capítulo João Romão se encontra tendo que decidir o que fazer com Bertoleza, sua primeira idéia ainda persiste, matar a mulher. João passa a noite toda pensando no assunto. No outro dia uma tragédia assola o cortiço, o filho da Machona (uma das lavadeiras), Agostinho, é trazido morto ao cortiço depois de ter caído enquanto brincava no alto da pedreira. João Romão recebe mais tarde a presença do Botelho que diz a ele para se livrar logo de Bertoleza. A mulher entra na sala de jantar bem no momento da conversa e se indigna, não aceitando a proposta de viver sua vida com uma quitanda em outro ponto da cidade como João lhe prometia. Ela desejava ficar com o João até cair morta. João sai possesso junto com o velho, os dois discutem então em levar a mulher de volta para o homem que a tinha como escrava antes dela ter se metido com João Romão.
Capítulo XXII
O capítulo começa falando como Bertoleza ficara mais atenta a qualquer tipo de situação, tinha receio de ser assassinada. O autor também nesse capítulo fala como o cortiço de João Romão, agora Avenida de São Romão, prosperava; os moradores antigos que não tinham dinheiro para se manter ali com os caros alugueis, iam para o cortiço "Cabeça-de-Gato" que virara o lar dos pobres e dos imundos. Pombinha se separara de seu marido dois anos após o casamento. Agora, ao lado da amiga Leónie, se tornará prostituta, a mãe dela (D. Isabel) anos depois morrera moribunda. Piedade se encontrava sempre bêbada, era abusada por homens que se aproveitam da sua fragilidade de alcoólatra e acabou terminando no cortiço vizinho.
Capítulo XXIII
O último capítulo começa com João Romão a espera da família de Zulmira em frente a uma confeitaria. Quando eles chegam, todos comem ali e se despedem depois da refeição. João fica ainda na cidade com o Botelho que diz a ele que o filho do senhor que tinha Bertoleza como escrava iria ao cortiço hoje reivindicar a mulher. Na noite daquele dia o homem aparece junto a dois policiais; João diz que entregará Bertoleza sem qualquer discussão e eles vão à cozinha encontrá-la; percebendo o que estava acontecendo e entendendo logo de cara que a história da alforria dela no inicio do livro tinha sido uma mentira de João, ela usa a faca que estava usando para descamar peixe e acaba por se matar. Logo em seguida uma comissão de abolicionistas vai até o cortiço para entregar o diploma de sócio benemérito a João Romão (seria como uma ironia, porque que o diploma significava a boa ação de alguém à causa abolicionista, mas João não cometera, realmente, essa boa ação, já que ele enganou a pobre Bertoleza, fingindo ter a tornado livre no inicio do livro).
- Henrique