De uma genialidade tremenda e de uma crítica muito bem exposta a humanidade, Huxley, nos apresenta uma sociedade fundada na estabilidade, bem diferente da nossa mas assustadoramente possível.
Um mundo em que as pessoas são produzidas em massa, em fábricas, que tem seu corpo e a sua mente condicionados desde muito cedo, com o objetivo único de servir ao sistema. Um sistema que coloca em primeiro plano a estabilidade social. Uma sociedade dividida em castas que, ao contrário do que algum dia já foi visto na história real da humanidade, vive em paz e harmonia, graças, principalmente, ao Soma. Uma droga sem efeitos colaterais, que provoca diferentes níveis de êxtase, excitação e felicidade àqueles que a consomem, isto é, a todos os homens desse admirável mundo novo.
Durante a leitura desse livro me perguntei a que gênero literário ele se encaixaria melhor: a ficção científica, a distopia ou ainda a utopia. Existe algumas diferenças entre esses gêneros que parecem tão próximos; no primeiro temos um mundo total ou parcialmente fora de série, isso é, um mundo diferente do nosso devido a novas tecnologias e novas situações humanas; no segundo temos um mundo que é o nosso mundo só que em uma situação de extremo totalitarismo e injustiça social. Já no terceiro temos o contrário, um mundo ideal, com (ou sem) um governo perfeito e sem injustiças sociais.
É difícil colocar Admirável Mundo Novo em uma dessas categorias, já que ele é ao mesmo tempo, um mundo cheio de novas tecnologias, cheio de novas possibilidades, com a ciência muito bem desenvolvida para servir aos interesses do sistema, além de ser também um mundo em que as pessoas vivem subjugada a vontade desse sistema que faz com que os indivíduos acreditem que a divisão em castas é justa, e que por esse mesmo motivo caracteriza como uma utopia, esse mundo supostamente perfeito.
Durante a leitura desse livro me perguntei a que gênero literário ele se encaixaria melhor: a ficção científica, a distopia ou ainda a utopia. Existe algumas diferenças entre esses gêneros que parecem tão próximos; no primeiro temos um mundo total ou parcialmente fora de série, isso é, um mundo diferente do nosso devido a novas tecnologias e novas situações humanas; no segundo temos um mundo que é o nosso mundo só que em uma situação de extremo totalitarismo e injustiça social. Já no terceiro temos o contrário, um mundo ideal, com (ou sem) um governo perfeito e sem injustiças sociais.
É difícil colocar Admirável Mundo Novo em uma dessas categorias, já que ele é ao mesmo tempo, um mundo cheio de novas tecnologias, cheio de novas possibilidades, com a ciência muito bem desenvolvida para servir aos interesses do sistema, além de ser também um mundo em que as pessoas vivem subjugada a vontade desse sistema que faz com que os indivíduos acreditem que a divisão em castas é justa, e que por esse mesmo motivo caracteriza como uma utopia, esse mundo supostamente perfeito.
Em Admirável Mundo Novo nos é apresentado personagens interessantes, a maioria deles pertencentes a sociedade "civilizada", que acham natural a fabricação em grande escala do ser humano, que devem sempre consumir, nunca reutilizar, que se relacionam sexualmente de forma livre e talvez considerada por muitos em nossa época como promiscua, mas que no livro é natural. Do outro lado Aldous nos apresenta um personagem externo, vindo de uma reserva que seria como um zoológico com seres humanos vivendo "à moda antiga", esse personagem é John, chamado muitas vezes de Selvagem. John é levado para o mundo civilizado após descobrir que sua mãe vem de lá, assim como o seu pai; ele choca a sociedade, vira motivo de piada e uma atração para os "civilizados". Esse personagem vive um conflito interno, muito bem explorado pelo autor e permeado de citações à Shakespeare.
Viver em uma sociedade em que as pessoas são produzidas em larga escala no melhor estilo fordiano (que, alias, é cultuado nesse mundo), que são condicionadas no melhor estilo behaviorista, que ser mãe e constituir família é algo horrível, que deve-se sempre produzir, consumir e ser feliz a base de Soma, é algo assustador para o Selvagem e para muitos de nós que vivemos em uma realidade tão diversa dessa.
Viver em uma sociedade em que as pessoas são produzidas em larga escala no melhor estilo fordiano (que, alias, é cultuado nesse mundo), que são condicionadas no melhor estilo behaviorista, que ser mãe e constituir família é algo horrível, que deve-se sempre produzir, consumir e ser feliz a base de Soma, é algo assustador para o Selvagem e para muitos de nós que vivemos em uma realidade tão diversa dessa.
"O mundo agora é estável. As pessoas são felizes, têm o que desejam e nunca desejam o que não podem ter. Sentem-se bem, estão em segurança; nunca adoecem; não têm esposas, nem filhos, nem amantes por quem possam sofrer emoções violentas; são condicionadas de tal modo que praticamente não podem deixar de se portar como devem."
Admirável Mundo Novo é uma perola de nossa época (não tão antigo assim e que trata de assuntos bem atuais). Um livro que vale a pena ler, refletir e ter como referência diante das possibilidades do futuro. Perguntemo-nos então como é o futuro que queremos? Qual o sistema que deve reger a nossa vida? Deve existir um sistema? E como fica a liberdade e a felicidade? São todas essas questões humanas que merecem reflexão e que são abordadas no livro.
Livro: Admirável Mundo Novo Avaliação:
Autor(a): Aldous Huxley Minha Nota: 4.7
Páginas: 312 Skoob: 4.4
Editora: Biblioteca Azul Goodreads: 3.95
Tradutor(a): Lino Vallandro e Vidal Serrano
Título Original: Brave New World
Autor(a): Aldous Huxley Minha Nota: 4.7
Páginas: 312 Skoob: 4.4
Editora: Biblioteca Azul Goodreads: 3.95
Tradutor(a): Lino Vallandro e Vidal Serrano
Título Original: Brave New World
- Henrique